sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SOBRE EVANGELHO DE JOÃO

3.3          João
                João destaca  a dimensão mística e efetiva do Espírito Santo.
                O Espírito Santo é o prometido por Jesus, é o outro Paráclito, o consolador. Ele ilumina a inteligência para esclarecer toda a verdade trazida por Jesus.
                A comunidade joanina vive essencialmente uma experiência espiritual, liberta do judaísmo e da lei. É uma comunidade mais madura, pois é de  um  outro  contexto em relação á dos sinóticos, e por esse distanciamento histórico que possui, tem  consciência que o Espírito é sua fonte de vida por excelência.
                Diferentemente da experiência narrada em Corinto como a de  em Atos dos Apóstolos onde acontece de forma excepcional, na comunidade joanina  é uma experiência mística, que permanece e continua a vida toda.  (cf 1Jo 3,24;1Jo 4,13).
                Em João o Espírito santo prova para a comunidade que Jesus permanece com ela:
- Dando – lhes a certeza de que renasceu para uma vida nova (Jo, 3-5-6-8).
- De que foi batizada (Jo 1,13).
- De que adora Deus em Espírito e Verdade (Jo 4, 23 – 24).
- De que a efusão desse Espírito faz viver a comunidade (Jo 7,39).
                Portanto ela é consciente de que nasce do Espírito Santo dado pelo ressuscitado (Jo 19,34;20,22). Para essa comunidade o critério para conhecer se o Espírito está  ou não presente é a afirmação de que  Jesus veio na carne, ou seja, a fé na encarnação.
                Para o autor Jesus é quem dá o Espírito, e assim como deu com sua vida, morte e ressurreição  continua dando – o pela história a fora. O Espírito em João é essencialmente um dom de Cristo.
                A primazia da ágape, entendida como amor efetivo ao próximo é a base da comunidade joanina.
                Para a comunidade joanina  a afirmação pertencente ao cristianismo : Deus é Amor, não é  de um amor teórico ou imobilizante ou alienante, mas  um amor efetivo, concreto expressado no compromisso , é prática real de transformação do mundo fundamentado em (Jo 13,34 -35) onde o Cristo fala que  seremos reconhecidos como seus discípulos, se amarmos como Ele amou, e nessa prática Deus permanece em nós.
                A comunidade joanina pertence á uma igreja onde o Espírito é ativo, e o tempo dessa igreja é o tempo da missão, do testemunho e do Kerígma.
                A experiência do Espírito não é menos importante que a  revelação do Filho. Pelo contrário é a experiência do espírito que constitui  o Novo testamento.
São quatro as categorias no Novo Testamento que descrevem a experiência do Espírito:
a)      A história: A descida do Espírito Santo sobre os apóstolos em atos é o sinal da chegada dos últimos dias. A efusão do Espírito sobre toda a carne significa que a história chegou ao fim. Não o fim cronológico, mas que Deus já fez e disse tudo que tinha que fazer na humanidade. Sua palavra definitiva já foi pronunciada, a própria palavra se encarnou na história.
b)      A linguagem : Um dos sinais que acompanham a vinda do Espírito em atos , “vossos filhos e vossa filhas hão de profetizar”. A linguagem assume seu ser total. O Espírito é a grande comunicação de Cristo, Ele vai se tornando testemunho de Jesus, inspiração dos que n’Ele crêem, entendimento das línguas e das pessoas entre si. A Babel do Antigo Testamento foi castigada, porque sua soberba  uniformizadora , acabava com a pluralidade criadora de línguas, de povos e culturas. A experiência de Pentecostes cria uma nova linguagem, pela qual todos se entenderão, porque o próprio Espírito lhes interpreta na comunhão de seus corações (cf. At 2,6)
c)       A sociedade :  É o Espírito Santo que lança as bases da nova sociedade. No Cenáculo surge o novo tipo de sociedade, a sociedade dos primeiros cristãos que será o modelo de todas as sociedades e ela é fundamentada nos quatro pilares, da partilha fraterna (koinonia), da oração em comum (prosenchai), da fidelidade à doutrina dos apóstolos (didaché) e na fração do pão (eucaristia)
d)      A missão : O Espírito Santo  impulsiona as comunidades para a missão, para o  anúncio do Evangelho de Cristo á toda terra. É impensável o cristianismo sem a missão.
Os últimos dias não chegaram só  para uma comunidade , mas para toda a história. A comunidade  é todo o grupo humano, a missão envolve toda a humanidade num processo de comunicação e diálogo.
Não há uma língua universal como diz o livro dos atos, mas que cada  um entenda os que falam, na sua própria língua. Não há dominação a partir de uma língua privilegiada.
Em Pentecostes ocorre a inversão de Babel, os homens quiseram construir uma torre, impor uma só língua, um só governo, um só poder que alcançasse os céus. Deus os confundiu com a beleza e  diversidade das línguas, as quais impedia o monopólio do saber, do poder e globalização uniformizante.
Em atos por obra do Espírito Santo acontece o ponto de partida para a busca  da unidade e do entendimento comum na única língua que não é o da prepotência, mas do amor.
O Espírito suscita pois um novo ser humano uma nova criação cujo paradigma  é Jesus Cristo.
A presença do Espírito que constrói a unidade em Jesus Cristo, nos leva a  apenas a uma contemplação imobilizante. É, ao contrário, indicativo em via de acontecer, que é imperativo á ação.



RESUMO GENESES 1-3 (SIGNIFICADOS)

Resumo dos significados dos capítulos 1 – 3 do livro do Gênesis
CAOS PRIMORDIAL=
 Situação do cosmo antes da Ação de Deus
TREVAS =
 Ausência da ação de Deus
SEIS DIAS =
Divisão simbólica, provavelmente foram ERAS, a Criação é evolutiva e constante
TEORIA DO BIG BEN =
 A expansão constante do universo, teoria já ultrapassada
TUDO QUE DEUS FEZ ERA  BOM =
 Nada que é mal vem de Deus
CRIOU Á IMAGEM E SEMELHANÇA =
 O Ser humano contém dentro de si essência divina, e com a liberdade faz ou não uso dela.
ÁRVORE DO BEM E DO MAL =
 Sabedoria de Deus
ÁRVORE DA VIDA =
 Jesus Cristo, Ele nos dá a vida eterna
O HOMEM FEITO DE BARRO =
(Ver Is 29,15-16;45,9-13;Jr18,6), A dependência do homem é radical e sua fragilidade é extrema, o seu destino não está nas mãos dele, e sim nas de DEUS.
MULHER TIRADA DA COSTELA =
Deve se ter respeito pela misteriosa atração dos sexos e pela unidade do matrimônio, no qual o homem e a mulher se completam mutuamente. Aquilo tem a ver com DEUS, a mulher tem a mesma dignidade do homem
SONO PROFUNDO =
 (Ver Sl 138,13-14;2Mc 7,22) Criar é segredo de DEUS o homem não pode presenciá – lo.
HOMEM E MULHER (HISSHA, do hebraico)
ADÃO – ADAMAH(hebraico) =
 Vem do solo (Ver Gn3,19)+voltar a terra prometida para viver como Deus nos criou
EVA = (Só aprece depois da queda)=
 Ser mãe
DORES DO PARTO=
Deus quer lembrar ao homem a sua situação de ruptura diante de Deus e que da mesma maneira com que o homem procura  se livrar das dores, também procure retornar para Deus.
Pela dor a mulher contribui para a realização do paraíso.
SERPENTE=
É o símbolo do mal, símbolo sagrado na religião Cananéia que afastava o povo do caminho de DEUS, tinham o culto  da prostituição sagrada , para fertilidade, no Apocalípse a serpente era o Império Romano.
QUESTÕES
1-) Porque Deus não deu nova oportunidade para Adão e Eva?
2-)Qual realmente foi o pecado de Adão e Eva?
3-)Paraíso, Mito ou Realidade? Houve ou não o pecado de Adão?
4-)Para você , o que seria o paraíso hoje

domingo, 23 de janeiro de 2011

Qual o sentido da vida - continuação

Todas as ciências. sem excessão, são obrigadas a um rigoroso ateísmo metodológico: demônios e deuses não podem ser invocados para explicar coisa alguma. Tudo se passa, no jogo da ciência como se Deus não existisse... E se é daí que partem os cientistas, como poderiam acreditar naqueles que invocam os deuses e tem a ingenuidade de orar?....
Apesar de  a ciência sempre  chegar num ponto em que ela não consegue explicar certas coisas ela afirma que a religião vive num mundo do "faz de conta", porém não seria honesto se ela não desse o direito da religião expor seu ponto de vista, ainda que  ela, a religião, esteja mais próxima da poesia que da ciência.
Estranha e maravilhosa capacidade, esta de brincar de "faz-de-conta". Abandonar nossas certezas para ver  como o mundo se configura na visão da outra pessoa. E é isto que teremos de fazer agora, pedindo o silencio do cientista que habita em nós, a fim de permitir que fale, talvez, um pedaço de nós mesmos. Pode ser que não acreditemos em deuses, mas bem que  desejaríamos se eles existissem. Isto tranquilizaria o nosso coração. Teríamos certezas sobre as coisas que amamos e que vemos, com tristeza envelhecer, decair, sumir... Ah! se pudéssemos ficar grávidos de deuses.... E é assim que passamos para um outro mundo em que a fala não está subordinada aos olhos, mas ligada ao coração. é que " o coração tem razões que a própria razão desconhece".
Como na historinha  anterior, foi assim que aconteceu: a ciência empalhou a religião, tirando dela verdades muito diferentes daquelas que a própria religião viva cantava.
Acontece que as pessoas religiosas, ao dizer os nomes sagrados, realmente crêem num "lá fora" e é desse mundo invisível que suas esperanças se alimentam. Tudo tão diferente, tão distante da sabedoria científica...
Quem sabe o pintassilgo tem razão? Quem sabe o universo é mais bonito e misterioso que os limites do nosso poço? Sobre o que fala a religião? A religião fala sobre o sentido da vida. Ela declara que vale a pena viver. Que é possível ser feliz e sorrir. E o que todas elas propõe é nada mais que uma série de receitas para a felicidade. Aqui se encontra a razão porque as pessoas continuam a ser fascinadas pela religião, a despeito de toda a crítica que lhe faz a ciência. A ciência nos coloca num mundo glacial e mecânico, matematicamente preciso e tecnicamente manipulável, mas vazio de significações humanas e indiferente ao nosso amor. Como Max Weber dizia que a dura lição que aprendemos da ciência é que o sentido da vida não pode ser encontrado ao fim da análise científica, por mais completa que seja.
O sentido da vida: não há pergunta que se faça com maior angústia e parece que todos são assombrados de vez em quando. Valerá a pena viver? Não é raro vermos pessoas mergulhadas nos abismos da loucura, ou optarem voluntariamente pelo abismo do suicídio por terem obtido uma resposta negativa. Outras pessoas. como observou Camus, se deixam matar por ideias ou ilusões que lhes dão razões para viver: boas razões para viver são também  boas razões para morrer.
Mas o que é isto, o sentido da vida?
O sentido da vida é algo que se experimenta emocionalmente, sem que se saiba explicar ou jjustificar. Não é algo que se construa, mas algo que nos ocorre de forma inesperada e não preparada, como uma brisa suave que nos atinge, sem sabermos  de onde  vem para onde vai,e que experimentamos como uma intensificação da vontade de viver ao ponto de nos dar coragem de morrer, se necessário for, por aquelas coisas que dão á vida o seu sentido. O sentido da vida é um sentimento.
Se a pretensão da religião terminasse aqui, tudo estaria bem. Porque não há leis que nos proíbam de sentir o que quisermos. O escândalo começa quando a religião ousa transformar tal sentimento, interior e subjetivo, numa hipótese acerca do universo Podemos entender as razões por que o homem religioso não pode se satisfazer com o pássaro empalhado. A religião diz: " o universo inteiro faz sentido". Ao que a ciência retruca: " as pessoas religiosas sentem e pensam que o universo inteiro faz sentido".
Aquela afirmação sagrada que ecoava de universo em universo, a ciência aprisiona dentro do poço pequeno e escuro da subjetividade e da sociedade: ilusão, ideologia. O sentido da vida é destruído. Que pode restar da alegria das rãs, se o "la fora" que o pintassilgo cantou não existir?
Afirmar que a vida tem sentido é propor a fantástica hipótese que o universo vibra com os nossos sentimentos, sofre a dor dos torturados, chora a lágrima dos abandonados, sorri com as crianças que brincam.... Tudo está ligado. Convicção de que, por detrás das coisas visíveis, há um rosto invisível que sorri, presença amiga, braços que abraçam. E é esta crença que explica os sacrifícios que se oferecem nos altares e as preces que se balbuciam na solidão.
A gente sente que há algo profundamente errado desde o principio do mundo e nos parece que será até seu final; porque nos incomodam as torturas, os escravizados, as guerras, a destruição do planeta pela ganância. Que razões nos compele a dizer não  a tais atos? Serão os nossos sentimentos apenas?
Não, nossos julgamentos éticos não descansam apenas em nosso sentimentos, mas invocamos o universo inteiro como testemunha e garantia de nossa causa. Vibra com o infinito a voz do coração. Cremos que o universo possui um coração humano, uma vocação para o amor,para a liberdade, para a felicidade , tal como nós. Assim, proclamar que a vida tem sentido é dizer que o universo é nosso irmão.
Nossos sentimentos são expressões da realidade. E é esta realidade, âncora de  sentimentos, que recebe o nome de Deus.
Mas e a morte? Como afirmar o sentido da vida perante a morte? Que consolo oferecer ao pai, diante da morte do filho morto? Que consolo oferecer ao pai?Dizer que a vida foi curta, mas bela? Como consolara aquele que se descobriu enfermo para morrer e vê os risos e carinhos cada vez mais distantes? e milhões que morrem em guerras, catástrofes? Como afirmar o sentido da vida perante o absurdo da existência representado de maneira exemplar pela morte que reduz a nada tudo o que o amor construiu e esperou?
"Aquilo que é finito para o entendimento é nada para o coração" (Feurbach). Eis o problema.
'"De um lado, a estrela eterna e do outro a vaga incerta....."(Cecília Meireles). O sentido da vida se dependura no sentido da morte. E é assim que a religião entrega aos deuses os seus mortos, em esperança..... Entre a casa dos deuses e as casas dos mortos brilha a esperança da vida eterna para que os homens se reconciliem com a morte e sejam libertados  para viver. Quando a morte é transformada em amiga, não é mais necessário lutar contra ela.
A consciência da morte tem o poder de libertar e isto subverte as lealdades, valores respeitos de que a ordem social depende. Colocando os sepulcros nas mãos dos deuses,a  religião obriga a inimiga se transformar em irmã....
Mas o sentido da vida não é um fato. Num mundo ainda sob o signo da morte, em que os valores mais altos são crucificados e a brutalidade triunfa, é ilusão proclamar a harmonia com o universo, como realidade presente. A   experiencia religiosa, assim, depende de um futuro. Ela se nutre de horizontes utópicos que os olhos não viram e que só podem ser contemplados pela magia da imaginação. Deus e o sentido da vida são ausências, realidades por que se anseia, dádivas da esperança. A visão é bela, mas não há certezas.
Como o trapezista que tem de se lançar sobre o abismo, abandonando todos os pontos de apoio, a alma religiosa tem de se lançar também sobre  o abismo, nas direção das evidências do sentimento, da voz do amor, das sugestões da esperança.

Nos caminhos de Pascal e Kierkgaard, trata-se de uma aposta apaixonada. E o que é lançado sobre a mesa das incertezas e das esperanças é a vida inteira.
E você, perplexo(a) , em busca de uma certeza final, perguntaria:"Mas e Deus, existe? A vida tem sentido?   O   universo tem uma face?  A morte é  minha irmã?".
Ao que a alma religiosa só poderia responder: "Não sei .Mas eu desejo ardentemente que assim seja. E me lanço inteira. Porque é mais belo o risco ao lado da esperança que a certeza ao lado de um universo frio e sem sentido".

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Qual o Sentido da vida?

Qual o sentido da vida?: não há pergunta que se faça com maior angústia e parece que todos são por ela assombrados de vez em quando.
Antes de procuramos saber a resposta, meditemos sobre essa pequena história.

"Num lugar não muito longe daqui havia um poço fundo e escuro onde,desde tempos imemoriais, uma sociedade de rãs se estabelecera.
Tão fundo era o poço que nenhuma delas jamais havia visitado o mundo de fora. Estavam convencidas que o universo era do tamanho do seu buraco. Havia sobejas evidências científicas para corroborar esta teoria e somente um louco, privado dos sentidos e da razão, afirmaria o contrário.
 Aconteceu, entretanto que um pintassilgo que voava por ali viu o poço, ficou curioso, e resolveu investigar suas profundezas. Qual não foi sua surpresa ao descobrir as rãs! Mais perplexas ficaram estas, pois aquela estranha criatura de penas colocava em questão todas as verdades já secularmente sedimentadas e comprovadas em sua sociedade.
O pintassilgo morreu de dó. Como é que as rãs podiam viver presas em tal poço, sem ao menos a esperança de poder sair? Claro que a ideia de sair era absurda para os batráquios,pois, se o seu buraco era o universo, não poderia haver um "lá fora". E o pintassilgo se pôs a cantar furiosamente. Trinou a brisa suave,os campos verdes, as árvores copadas, os riachos cristalinos, borboletas, flores, nuvens,estrelas... o que pôs em polvorosa a sociedade das rãs, que se dividiram. Algumas acreditaram e começaram a imaginar como seria lá fora.
Ficaram mais alegres e até mesmo mais bonitas. Coaxavam canções novas. As outras fecharam a cara. Afirmações não confirmadas pela experiência não deveriam ser merecedoras de crédito, elas alegavam. O pintassilgo tinha de estar dizendo coisas sem sentido e mentiras. E se puseram a fazer a crítica filosófica, sociológica e psicológica de seu discurso. A serviço de quem ele estaria? Das classes dominantes? Das classes dominadas? Seu canto seria uma espécie de narcótico? O passarinho seria um louco? Um enganador? Quem sabe ele não passaria de uma alucinação coletiva? Dúvidas não havia de que o tal canto havia criado muitos problemas.
 Tanto as rãs - dominantes quanto as rãs - dominadas ( que secretamente preparavam uma revolução) não gostaram das ideias que o canto do pintassilgo estava colocando na cabeça do povão. Por ocasião de sua próxima visita o pintassilgo foi preso, acusado de enganador do povo, morto, empalhado e as demais rãs proibidas, para sempre, de coaxar as canções que ele lhes ensinara...."

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como Deus se revela

  1. Criação
  2. Consciência
Romanos 2.14-15 é o texto clássico para nos ensinar que Deus plantou na mente do homem um conhecimento intuitivo a respeito de Sua existência. Não um conhecimento detalhado, mas o suficiente para saber que Ele existe e mais aquilo que Lhe agrada em termos de certo ou errado. Os judeus tinham a lei escrita, enquanto os gentios tem a lei "inscrita", ou seja, escrita interiormente em si mesmo. A consciência também  é um modo de revelação abrangente porque ela é inata. Todos tem acesso a ela independente de hábitos ou de formação pessoal. Walter Elwell nos diz que "a consciência é um dom de Deus. É a guardiã da moralidade, da justiça, da decência no mundo. É o testemunho irrefutável da existência de Deus".Todos os homens estabelecem uma relação com a sua consciência, e sua ação é tão forte que alguns, para escapar dela e de sua voz pertubadora, procuram ignorá-la, pervertê-la, agir com dúvida (Rm a4.23) ou matá-la (1Tm 4.2).
NOTA: UM BOM EXERCICIO ESPIRITUAL QUE VOCE DEVE FAZER COMO JOVEM CRISTÃO É MANTER A SUA CONSCIÊNCIA SADIA,LEIA LIVROS QUE TE AJUDEM A CONHECER A VONTADE DE DEUS.
  1. Criação
  2. Consciência
  3. Jesus Cristo
Se usássemos somente os primeiros versículos de Hebreus 1, teríamos material suficiente para entender a importância da revelação de Deus, através de Jesus Cristo. Há , pelo menos, duas afirmativas nesse texto que podem nos levar a essa conclusão.
a. O autor afirma enfaticamente que hoje Deus fala conosco através da vida e obra de Seu  filho. Compara como Deus Se revelou no passado e exalta o Filho como a maneira excelenete e suprema de revelação do Senhor aos homens.
b. Observe: " a expressão exata do seu Ser" (Hb 1.3). Não há dúvida que jesus Cristo é tudo o que Deus é sem deixar escapar nenhum detalhe. Ele é a principal revelação de Deus (Jo 10.30). As escrituras registram Seu ministério e Seu próprio ensinamento sobre como conhecer á Deus, através de segui-Lo. (Jo 1.18;14.10)

   4. Escrituras
Essa última também é chamada de revelação especial. Deus escolheu homens a quem inspirou para que registrassem toda a revelação que Ele decidiu fazer a respeito de Si mesmo. As escrituras não têm a intenção de provar a existência de Deus, mas de mostrar Seu plano de amor e de redenção para a humanidade. É pela Bíblia que os homens podem obter a mensagem de salvação.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Biblia revela Deus

Introdução

Por que a Bíblia é um livro único e imcomparável?
Dentre outras, temos essas razões.
  • Única na sua coerência: mais de 1500 anos para ser escrita, além de contar com o trabalho de 40 autores diferentes, em diferentes idiomas e lugares diferentes.
  • Única em circulação: contínua sendo o livro mais distribuido em todo o mundo.
  • Única em numero de traduções: a Bíblia já foi traduzida em mais de 1280 linguas.
  • Única em sobrevivência: a Bíblia foi fgeita em amterial perecível, mas suas cópias  sobreviveram através dos tempos. Além disso, ela sobreviveu a diversas perseguições e críticas.
  • Única nos ensinos.
  • Única na sua influência na literatura.
Há um fator que se sobrepõe aos demais: a Bíblia é a revelação de Deus. As Escrituras foram inspiradas a fim de que recebêssemos um fiel registro de tudo o que Deus quis nos comunicar.Temos, além delas, outros meios que Ele escolheu para mostrar-Se a nós.

  1. Como Deus Se revela
Antes de estudar os métodos de revelação de Deus, precisamos definir o que é revelação.

Há várias maneiras de definir esse processo, e uma delas é: o ato de mostar-se claramente.
Em grego, revelação significa descobrir, tirar o véu. Então, quando falamos sobre a revelação de Deus, dizemos que, por iniciativa própria, ele tirou o véu para se mostrar a nós. Geralmente dividimos os processos de revelação de Deus em dois grupos:
  • geral -  que engloba a Criação e a Consciência; e
  • especial - que inclui Jesus Cristo e a Bíblia
Para entender mais sobre o assunto, vamos estudar detalhadamente cada um deles.
  1. Criação
Observando cuidadosamente  o Salmo 19.1-6, podemos perceber a maneira como a criação revela Deus. Esse trecho é a referência mais conhecida a esse respeito.
a. Contínua  (Sl 19.2) Um dia declara para outro, e uma noite para a outra a glória e a sabedoria de Deus. A criação nunca para de pregar para nós verdades sobre o ser de Deus e os seus maravilhosos atributos.
b. Visual (Sl 19.3) . A criação não usa palavras, mas, sim, ilustrações. Isso abre o leque de pessoas que podem compreende-la, pois não é necessário ler ou ter qualquer habilidade específica.
c. Abrangente (Sl 19.4). Toda a terra, sem excessão pode ouvir a  mensagem revelada de Deus, pela criação. Mesmo aqueles homens que moram no rincão mais longínquo do mundo têm acesso a esse tipo de conhecimneto de Deus.

Romanos 1.20 completa o ensinamento desse salmo nos mostrando que todo homem é indisculpável poque a criação mostra o suficiente para que elesaiba da existência de Deus: "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidas por meio  das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indisculpáveis".